sábado, 10 de outubro de 2015

Controlaremos games com a mente no futuro, diz chefe da Xbox

São Paulo – Phil Spencer é chefe da divisão Xbox dentro da Microsoft. Se alguém pode falar sobre o futuro dos games e dos consoles de videogame, esse alguém é Spencer.

Em uma passagem por São Paulo, por conta da Brasil Game Show, EXAME.com teve a oportunidade de conversar com Spencer sobre o mercado de games e sobre o seu futuro.

Spencer fez a alegria de muitos jogadores brasileiros com uma apresentação sobre a linha de jogos do console Xbox One. “As pessoas aqui são muito receptivas. Eu mal consigo andar entre elas por aqui”, brincou Spencer.

Veja os principais momentos da conversa com Spencer abaixo.

Como você vê o futuro dos jogos? Realidade virtual será algo importante?

Eu acho que essas tecnologias irão funcionar. Já vi bastante e joguei bastante com esse tipo de coisa.  Existe um potencial para que isso funcione. São novas experiências que poderão ser levadas até os jogadores.

Tecnologias como realidade virtual, o Kinect ou outros sensores de movimentos são a tentativa de tirar a barreira que existe entre o jogador e experiência na qual estão inseridos. Para jogadores experientes, o controle não existe. Você não pensa em clicar no botão para pular, isso simplesmente acontece, vira subconsciente.

As novas tecnologias são o esforça de trazer isso para quem nunca pegou um controle. Você usa os movimentos em um dispositivo como o HoloLens. Isso somos nós construindo tecnologia para deixar a tecnologia invisível. É exatamente isso que é o futuro. Em algum momento será possível ler o que você está pensando. Em 10 ou 20 anos será assim que as pessoas irão interagir com o videogame.

Você comentou sobre a reação das pessoas. Como é trabalhar lidando com consumidores apaixonados assim? É visível que eles passam retorno positivo ou negativo quase em tempo real para vocês.

Sabe, eu joguei games minha vida inteira. Eu cresci com isso. Eu era um adolescente jogando e programando meu computador. Esse era eu. Quando eu vejo os jogadores, eu me vejo ali entre eles. Você pergunta como isso é para mim, pessoalmente. Eu sou essa indústria, esse consumidor. Talvez por isso eu tenha acabado nesse trabalho.

Agora, pensando em como isso é para a Microsoft é algo diferente. O mercado de games é importantíssimo. Os jogos estão no seu smartphone, no seu computador e no seu console. Se você parar para pensar, jogos no Android ou no iPhone são uma das principais partes desse negócio hoje.

Para a Microsoft, perceber que esse mercado não está funcionando é sinal de que parte do seu mercado de consumo não está funcionando. Por isso trabalhamos tanto nesse lado do Windows 10, para garantir que ele é uma plataforma boa para games – seja para os jogadores, seja para os desenvolvedores. Essa resposta dos consumidores é importante para a nossa plataforma.

Criador do android acha que o futuro da tecnologia não sera o mobile

Andy Rubin, o "pai do Android", acredita que o futuro da tecnologia não está nos dispositivos móveis. Em um discurso feito nesta semana na Califórnia, Estados Unidos, ele revelou que acredita que a nova plataforma de comunicação não deve ser como conhecemos. "O mobile ainda não está indo embora. Mas acredito que em algum ponto do futuro - não nos próximos 10 ou 20 anos - alguma forma de inteligência artificial, por falta de termo melhor, será a próxima plataforma de comunicação.

Rubin criou o Playground, um fundo de capital de risco e incubadora que tem como objetivo descobrir qual é a próxima grande coisa, "o que irá além do celular ou do tablet", segundo o desenvolvedor. "Quando você gastar todo o seu tempo interagindo com a tela, você tem que começar a pensar em coisas que não têm uma tela", explicou.

O desenvolvedor aposta ainda que a nova tecnologia será capaz de recolher e analisar todas as informações geradas por dispositivos conectados